Ontem consegui trocar de folga e aproveitar a folga também do meu mais-que-tudo. O dia começou meio farrusco mas, felizmente, foi melhorando e o sol ainda apareceu a meio da tarde para ajudar à festa. Depois de almoçarmos umas belas ovas grelhadas (e que bem que souberam!), fomos beber um café ao Portinho da Arrábida.
Ainda estivemos por lá uma boa hora, com aquela paisagem incrível que só quem visita o Portinho tem a noção e, depois, o rapaz lá se lembrou de me levar a conhecer "a gruta". Já tinha ouvido vários amigos a falar da gruta mas eu, setubalense desnaturada, não fazia sequer ideia do que se tratava.
E assim foi. À saída do Portinho da Arrábida, mesmo em frente ao Lar de Férias da Casa Gaiato, existe algures uma escadaria muito antiga em pedra, por entre as ervas e arvoredo da Serra. Descendo essa mesma escadaria, quase até ficar sem fôlego, chega-se por fim à dita gruta.
Confesso que quando cheguei à entrada da coisa, e deparando-me com a óbvia escuridão que se fazia sentir lá em baixo (e o frio, também), tive algum receio mas lá avancei e fiquei completamente WOW.
Mal se desce as escadas finais para entrar na gruta, vemos logo, ao longe, um pequeno santuário. Acho absolutamente sinistro e, simultaneamente, incrível e fascinante como alguém se lembrou de montar ali, no meio de uma gruta, um espaço daqueles. E esse mini-santuário estava decorado a rigor! Flores, velas, santos, enfim... Claro que estava degradado e consumido pela humidade e pelo tempo que, seguramente, já tem mas não deixa de ser soberbo.
E, contornando umas rochas, estamos precisamente por cima do Rio Sado, com a água completamente cristalina que só apetece dar um mergulho. Nota mental: a água ali é ainda mais gelada do que o normal, não recomendado a pessoas friorentas.
Bem, foi sem dúvida mais uma relevação da minha incrível Serra da Arrábida. Bem sei que parece estranho morar há 24 anos em Setúbal e nunca ter conhecido este local. Mas a vantagem disso é que vou conhecendo coisas novas da minha zona e volto-me sempre a apaixonar por ela.
E, note-se, não existe mesmo mais nenhum rio azul igual ao meu. E, para quem nunca visitou, não deixem de ver as fotografias.
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